quinta-feira, 10 de julho de 2008

Imagem do(a) Ivy_AlternAtivA na Netlog

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um momento da vida...


Lunática Psicótica
Você pode ver alguma garota estranha aqui ou ali, sentada na esquina ou na sua frente, prestes a mudar o seu mundo. Mas ninguém vê Lunática envolta em sua mortalha de melancólica desesperança, e a essa hora ela pode estar bem ao seu lado, passando, vagando, a procura de um caminho que termine com toda a sua dor. E nem você e nem ninguém percebe esta alma maravilhosa que de tão iluminada não consegue ver a luz. Lunática vai aborrecida, enojada daquele cheiro podre de mentes e sonhos em decomposição.Então chega o dia em que a pequena princesa caminhava pela rua Vazia, esquina com a rua da Amargura, próxima ao grande Shopping de Corações Perdidos.Em determinado momento Lunática percebe que tem um garoto pálido olhando encantado para ela, que parou também para observar aquele guri medonho esquisito, triste figura solitária largada no vazio profundo, e pela primeira vez ela teve vontade de chorar por alguma coisa que não fosse ela mesma.“Você é tão bonita quanto uma princesa daquele distante mundo dos sonhos encantados”. Disse ele assim que se aproximou de sua musa, e Lunática Psicótica pensou que aquilo talvez pudesse ser verdade, e ela o amou mais do que qualquer coisa que existisse em seu mundinho triste de emoções baratas.“E você é como Vincent tocando flauta em sua camiseta listrada naquele distante mundo aquoso dos pensamentos obscuros”. E o guri pálido, o poeta depravado, sentiu que aquilo era tão profundo e tão verdadeiro que finalmente ele poderia apaixonar-se “e caminhar pelos vales de flores mortas conquistando e lendo tudo o que há nesse mundo miserável” pensou ele, e também disse “bem, eu vivo nesse mundo aquoso”.De mãos dadas, duas crianças desamparadas descendo a avenida das Paixões Impossíveis. Ele com seus sonhos grandiosos de conquistar o mundo com palavras decadentes. Ela, tendo finalmente encontrado o seu mundo, quis matá-lo e guardar seus pedacinhos debaixo de seu travesseiro e dormir para sempre e sempre debaixo desse eterno céu maluco.